quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Mensagem de Natal: Deus Conosco

Isaías 7.14: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel".  O nome Emanuel significa "Deus conosco".
Mateus 1.23: "A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel" que significa "Deus conosco".
Estamos vivendo dias em que comemoramos o Natal, o dia do nascimento do menino Jesus. Não quero entrar no mérito sobre a autenticidade desta data como sendo a data para o nascimento de Jesus ou não. Talvez isso não importe tanto. Se importasse realmente, Deus teria registrado essa data em sua Palavra. Mas na sua infinita sabedoria, Deus nos livrou de, quem sabe, mais um ponto de idolatria – poderíamos ver hoje igrejas adorando mais a verdadeira data do nascimento do que o próprio Cristo (mas será que isso não acontece mesmo assim?).
Natal é o nascimento do menino Jesus, e como toda data de nascimento é uma data de comemoração e alegria, então devemos celebrar o Natal. Celebre o nascimento de Jesus. Mas mais importante do que isso: viva intensamente o Cristo. O Deus que se fez carne e habitou entre nós e está entre nós. O Deus que é acessível e que nos ouve quando clamamos a Ele. Salmos 18.6 diz: “Na angústia invoquei ao SENHOR, e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz, aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face”. Vivemos hoje tempos de muita angústia e tribulação. O mundo está cada vez mais corrompido e caminhando a passos largos para a destruição. As pessoas estão cada vez mais vazias de sentimentos dignos, como amor, bondade e justiça. E Deus está esperando que o busquemos. Deus não é médico, advogado, juiz, ou quem quer que seja que você precisa marcar hora para estar junto dele. Onde você estiver, basta falar Jesus! Todos tem o mesmo acesso ao Senhor. Se você não está tendo acesso a Deus é por que você não o está buscando. Ele está pronto para nos ouvir, caso o busquemos verdadeiramente. Ele se importa conosco e não tarda em atender as nossas orações. O profeta Jeremias nos ensina que devemos buscá-lo de todo o nosso coração (Jeremias 29.13).
Mas o Senhor também é um Deus que nasceu entre os homens por que Ele quer ter relacionamento conosco. É o nosso Pai celeste que deseja que nós, os filhos, tenhamos intimidade com Ele e não o visitemos apenas no Natal, mas todos os dias. O ativismo do dia a dia nos afasta das coisas espirituais e de Deus e se não tivermos cuidado podemos passar dias e até semanas sem visitar o Pai. Lutero entendeu que quanto mais ocupado ele estava, mais ele deveria buscar ao Senhor: "Atualmente estou tão ocupado que não posso passar menos de quatro horas por dia na presença de Deus".
Ele é Deus conosco e quer que nós sejamos a casa dele e quer andar conosco. Em II Coríntios 6.16 temos: “E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo”.
Hoje celebramos o nascimento do menino Jesus, uma data importante para o Cristianismo. Mas Jesus quer muito mais que uma festa de aniversário uma vez por ano: ele é Deus conosco! Viva a maravilha de ter Deus contigo!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Silogismo do relacionamento com Deus através da verdadeira Fé

  • Não existe relacionamento com Deus se não for através da verdadeira Fé (Hebreus 11.6)
  • Não existe Fé verdadeira se não for através da Palavra de Deus (Romanos 10.17)
  • Logo, toda Fé fora das Escrituras Sagradas (II Timóteo 3.16) é inútil para aquele que deseja ter um relacionamento com Deus (João 14.21).

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A Igreja Perfeita



A Igreja Perfeita
Atos 2.42-47
“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos”
“A igreja não é perfeita, nunca o foi. Algumas pessoas usam este fato como desculpa para manterem-se afastados da igreja, dizendo: ‘Eu gostaria de frequentar uma igreja, mas há muitos hipócritas ali’. Nesse caso, eu penso: Venha, temos lugar para mais um”. (John MacArthur Jr.)
“Procurar perfeição dentro da igreja é o mesmo que entrar em um hospital e dizer: -‘Não admito ninguém doente aqui!’” (Pr. Lucinho Barreto)
Durante esses anos de caminhada ao lado de Cristo, cooperando na expansão do Reino de Deus, e ensinando e consolidando algumas vidas no caminho do Senhor, tenho ouvido pessoas dizerem que “não existe Igreja perfeita por que elas são feitas por homens imperfeitos”. Apesar de eu concordar com as duas frases acima de que as Igrejas são formadas por homens imperfeitos, e que estes falham e de repente podem fazer você se frustrar, se decepcionar, ou até mesmo abandonar a Igreja que frequenta – e de no passado eu também usar o mesmo discurso para encobrir as falhas encontradas dentro das Igrejas – o Espírito Santo tem mudado a minha forma de pensar e viver a Igreja. Apesar de eu concordar que as pessoas são falhas na sua individualidade, eu acredito que um grupo de pessoas pode ser perfeito. Na empresa em que eu trabalho, eu costumo ouvir que “as pessoas não são perfeitas, mas um grupo pode ser perfeito”. Isso quer dizer que quando formamos um grupo, nós podemos alavancar o que há de melhor em cada indivíduo de forma que o grupo formado por esses indivíduos alcance a perfeição. Se no mundo empresarial isso pode ser uma verdade, imagina dentro da Igreja? Imagina quando falamos de pessoas guiadas e ungidas pelo Espírito Santo de Deus, obedientes a voz do Senhor e que a cada dia buscam os frutos e dons do Espírito e a crescer na graça e no conhecimento de Cristo até alcançarem a estatura do varão perfeito? Imagina isso com pessoas que estão sendo aperfeiçoadas, dia após dia, pela ação poderosa de Deus até o dia de Cristo Jesus? Definitivamente, esse grupo de pessoas pode ser perfeito. E é exatamente isso que a Igreja primitiva nos ensina em Atos capítulo 2 versículos 42 em diante.
Nesses versículos nós vemos uma Igreja formada por homens e mulheres comuns, que começaram a viver as suas vidas de forma diferente a partir do chamado de Jesus, e que confiaram na promessa daquele que os chamou. O relato bíblico dessa Igreja nos descreve uma comunidade que possuía um ambiente bem próximo ao da perfeição, mesmo vivendo debaixo de muita perseguição. E foi exatamente a perseguição que fez com que a igreja primitiva desenvolvesse uma das suas principais características: a perseverança. No versículo 42 temos:
 “...perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”
Perseverar é continuar vencendo obstáculos, resistindo nas tribulações. Isso quer dizer que na igreja primitiva – e na igreja perfeita – existiam e existem dificuldades (talvez você possa ter pensado agora: “é mesmo? Puxa, eu pensei que não existissem problemas na igreja perfeita”). Mas o fato de existirem tribulações e problemas na igreja primitiva não quer dizer que eles viviam em constantes atritos até o ponto de abandonarem a igreja por causa dessas tribulações. E a Bíblia nos mostra de que forma eles conseguiam fazer isso.
1.      Perseverança na doutrina dos apóstolos
A perseverança na doutrina dos apóstolos é constituída pela ação do ensino da Palavra por parte dos presbitérios e pela prática da Palavra pelos irmãos que recebem esta Palavra.
a)      Ensino da Palavra
Paulo disse que a igreja de Deus é coluna e baluarte da verdade (1 Timóteo 3.15). Ou seja, a igreja é aquela que conhece a verdade a respeito de Deus e se esforça em sustentar e guardar essa verdade. É o local seguro aonde os cristãos devem estar para receber dessa verdade e se manter nela.
Os presbíteros (pastores, bispos) são responsáveis pela alimentação espiritual do rebanho. Em 1 Pedro 5.1-3, temos:
“Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada: Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho”
Atos 20.28:
“Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue”
Efésios 4.11,12:
“Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado”
Tito 1.9:
“Apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela”
Os pregadores são obrigados a pregar somente a verdade:
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Timóteo 4.16)
Mas por que perseverar no ensino da Palavra?
Infelizmente nos dias de hoje o que mais temos visto acontecer são “igrejas” que trocam o ensino do verdadeiro evangelho de Cristo – o evangelho da salvação, comunhão, da negação do “eu”, da santificação – por outro “evangelho”, mais fácil de ser seguido e de mais fácil aceitação por uma sociedade que está ao mesmo tempo necessitada e apavorada. O que mais temos visto hoje são cristãos que em vez de buscar os pés da cruz, buscam os pés do “apóstolo”, “bispo”, ou do “pastor”, atrás de uma única cura milagrosa ou de uma vida financeira mais abastada. Esse tal “evangelho”, e um de seus ícones é a teologia da prosperidade, traz sérias consequências à vida do Cristão que, ao invés de buscar um relacionamento mais sincero com Deus, desejando conhecer e agradar ao coração do Senhor, se achega a Ele apenas para conseguir aquilo que seus desejos humanos e egoístas buscam.
Além disso, o ensino da Palavra dá a igreja uma bagagem bíblica que faz com que os irmãos cresçam no conhecimento da Palavra a fim de não cair nas armadilhas dos falsos mestres. Na sua primeira epístola, o apóstolo João, admoesta aos irmãos das igrejas na Ásia Menor a respeito de falsos mestres. No capítulo 4, versículo 1 está escrito:
“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo” (1 João 4.1)
Em sua carta às sete igrejas, Jesus elogia os efésios por sua preocupação em rejeitar falsos mestres, e critica a igreja em Pérgamo por sua tolerância aos mesmos:
“Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: Estas são as palavras daquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro. Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos, mas não são, e descobriu que eles eram impostores” (Apocalipse 2.1,2)
“Mas há uma coisa a seu favor: você odeia as práticas dos nicolaítas, como eu também as odeio” (Apocalipse 2.6)
“No entanto, tenho contra você algumas coisas: você tem aí pessoas que se apegam aos ensinos de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas contra os israelitas, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a praticar imoralidade sexual. De igual modo você tem também os que se apegam aos ensinos dos nicolaítas. Portanto, arrependa-se! Se não, virei em breve até você e lutarei contra eles com a espada da minha boca” (Apocalipse 2.14-16)
Outro dia estava conversando com um irmão na fé que se mostrou assustado com o número exacerbado de líderes religiosos que temos hoje no Brasil e que buscam para si apenas a ganância dentro daquilo que chamamos de “movimento evangélico”, não demonstrando nenhuma responsabilidade com o ensino da Palavra. Nos textos do Apocalipse que lemos acima, vemos uma diferença crucial entre as duas igrejas: uma odiava a prática do nicolaítas (Éfeso) enquanto a outra possuía irmãos que se apegavam a tais práticas (Pérgamo). O nome nicolaíta vem do grego nico que significa "conquistar" e laíta que significa "leigo" (ou "povo"), logo nicolaíta é aquele que “conquista o leigo ou povo”. Apesar dos textos bíblicos não deixarem muito claro acerca das práticas nicolaítas (se eram ensinos errados acerca do casamento, imoralidade sexual, idolatria ou poder através de riquezas), o ponto é que eles conquistavam os irmãos da igreja de Pérgamo exatamente por que estes não tinham conhecimento da Palavra. O profeta Oséias declarou “meu povo é destruído por falta de conhecimento” (Oséias 4.6). É triste vermos que temos atualmente na igreja brasileira, muitos desses falsos pastores que estão “tocando o terror” em suas reuniões, tirando das ovelhas de Cristo tudo que elas têm com o objetivo de financiar seus sonhos pessoais.
Falsos pastores, falsas ovelhas
Mas apesar de existirem líderes religiosos que exercem de sua autoridade para “conquistar o leigo” através do medo, sentimento de culpa ou ganância, o Espírito Santo me fez lembrar também que, se existem falsos pastores, é por que existem falsas ovelhas. E não raramente esses falsos pastores são levantados pelas próprias falsas ovelhas que um dia caíram da verdadeira fé. O apóstolo Paulo ensina a seu filho na fé Timóteo acerca desses falsos pastores:
“O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada” (1 Timóteo 4.1,2)
Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. (2 Timóteo 4.2-4)
b)     Prática da Palavra
O ensino da Palavra é o fundamento que o Cristão tem para toda a sua caminhada com Cristo ao passo que a prática da Palavra vai edificar sobre o fundamento todas as construções necessárias para serem usadas durante a sua caminhada com Cristo. Em Mateus 7.24,25, temos:
"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha”
O ensino da Palavra vai nos tornar conhecedores da pessoa de Cristo, a Rocha. Através desse conhecimento de Cristo e da prática desse conhecimento, seremos capazes de frutificar os dons do Espírito Santo em nossas vidas.
A prática da Palavra mostra quem nós somos em Cristo Jesus
Tiago 1.22-25
“Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos. Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu, mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer”
O apóstolo Paulo quando escrevia aos Gálatas no capítulo 5 de sua carta, ele exorta os irmãos daquela igreja – e a nós hoje – a permanecer firmes, não nos deixando ser submetidos novamente a escravidão por causa de ensinos errados da Palavra (v. 1). Eles estavam até indo bem, mas começaram a se deixar influenciar por outros ensinos diferentes da verdade (v. 7). A prática desses ensinos errados começaria a produzir frutos da carne (vs. 15, 19-21). Mas, ao contrário, Paulo encoraja a igreja a praticar aquilo que ele tinha ensinado (liberdade no Espírito Santo, cf. vs. 11,16,18) e que, fazendo assim, eles desenvolveriam os frutos do Espírito (vs. 22,23):
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”
Nós somos chamados para sermos livres em Cristo, através do viver no Espírito Santo, desenvolvendo os frutos do Espírito Santo e nos mostrando quem nós somos em Cristo Jesus:
  •  2Co 5.17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”
  • Ef 4.24: “e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”
  • 1 Coríntios 2.16b: “Nós, porém, temos a mente de Cristo”

Muitas vezes não conseguimos alcançar a Igreja Perfeita em nossa comunidade, por que mesmo que a Palavra esteja sendo ensinada, talvez ela não esteja sendo praticada pelos irmãos. Já ouvi várias queixas de irmãos que diziam que iam mudar – e alguns até chegaram a mudar – de igreja por que eles entendiam que a Palavra de Deus não estava sendo ensinada. A pergunta que sempre faço a esses irmãos é: será que a Palavra não está sendo ensinada ou você que não está deixando ela frutificar eu seu coração?
Quando praticamos a Palavra, o Espírito Santo nos mostrará quem nós somos em Cristo Jesus, e isso nos tornará ainda mais parecidos com o Senhor. E quando somos parecidos com Ele, não existe espaço em nós para falamos mal do nosso irmão, da nossa igreja, do nosso Pastor, e o nosso coração fica em paz.
2.      Perseverança na comunhão material (partir do pão) e espiritual (oração)
A segunda característica que a igreja primitiva possuía e que levava esses irmãos a viverem em um ambiente agradável de comunidade cristã era a perseverança na comunhão, no partir do pão e nas orações. Essa característica era muito mais que estar juntos em uma reunião ou em um lugar em comum, para orar ou ouvir a Palavra, mas era algo que era inerente a nova vida piedosa recebida através do Espírito Santo. Uma vida repleta de frutos do Espírito.
O termo grego para comunhão usado no Novo Testamento é “koinonia”. Existem dois significados de forma mais abrangente para koinonia. O primeiro significa generosidade. E neste significado, eu entendo que a igreja perfeita compartilhava das necessidades materiais uns dos outros. No versículo 45 encontramos:
“...vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade”
Em Atos 4.32, temos:
“Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham”
A generosidade é um sentimento que te impulsiona a cuidar dos outros e era uma prática constante na Igreja Primitiva. Eles estavam sempre a dispostos a ajudar alguém que precisasse.
E essa generosidade não era algo que acontecia apenas do mais abastado para o mais necessitado. Ao contrário, em sua segunda carta à igreja que estava em Corinto, Paulo testemunha da alegria dos irmãos macedônios em poder ajudar aos irmãos necessitados:
“Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos” (2 Coríntios 8.1-4)
Interessante é que Paulo testemunha isso a uma igreja considerada rica e próspera, já que a região de Corinto era uma região bastante importante no comércio da época e existiam muitas famílias ricas.
Então, a pergunta que o Espírito Santo no faz hoje é: quão generosos temos sido em nossa comunidade com aqueles irmãos que precisam? Se nós procuramos uma igreja perfeita, não podemos esquecer que uma das características dessa igreja era a generosidade com os mais necessitados.
Mas entendo também que os primeiros cristãos partilhavam e sustentavam uns aos outros em suas necessidades espirituais, através da oração.
O versículo 42 de Atos 2 mostra outra característica marcante da igreja perfeita: eles perseveravam em oração. A igreja primitiva era uma igreja que orava incessantemente pelos seus irmãos. Em Atos 12.5-7, a Palavra diz que Pedro estava na prisão e enquanto a Igreja orava, algo aconteceu: um anjo libertou a Pedro e suas algemas caíram. Em Tiago 5.16, a Bíblia diz que nós devemos orar uns pelos outros para que sejamos curados. Jesus nos ensina que aquilo que ligarmos na terra será ligado no céu e que aquilo que pedirmos concordando, o Pai celestial assim fará (Mateus 18.18,19).
Mas o mais interessante na oração entre os irmãos é que o mundo saberá que somos igreja de Cristo quando começarmos a orar uns pelos outros para nos manter unidos. Foi assim que o nosso mestre Jesus nos ensinou em sua oração sacerdotal:
"Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17.20,21)
Da mesma forma como Jesus orou pelos seus discípulos e por aqueles que iriam crer (nós) para que estivessem unidos, nós devemos orar pelos nossos irmãos, para estamos unidos com a mesma alma e coração.
O problema é que hoje procuramos uma igreja perfeita, mas não queremos perseverar em oração pelo nosso irmão. Quando um irmão está fraquejando na fé, muitas vezes nós acusamos o pecado daquele irmão ao invés de orar para que o Senhor restaure a vida dele, abrimos a nossa boca para difamar, caluniar ou fofocar.
A maravilhosa Graça de Deus
O segundo significado da palavra koinonia, e que fazia com que o primeiro significado (generosidade) realmente fosse efetivo, é encontrado no verso 44:
“...todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum”
Esse algo em comum que os irmãos da igreja primitiva tinham era a Graça de Deus. A Graça é um favor imerecido que Deus concede aos homens, ou seja, é algo que nós não merecemos receber, mas por causa do seu eterno amor, justiça e soberania, ele nos entrega.
Em 1 Coríntios 15.10, temos:
“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão; antes, trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo”
Quem está falando isso é Paulo, o que foi perseguidor da igreja. Que era membro de um sinédrio e zeloso com o judaísmo. Ele mesmo se declara um total dependente da graça de Deus. Se fez o que fez foi por causa da graça. Se alcançou o ministério apostólico, foi por causa graça. Se trabalhou mais que os outros no Reino, foi por causa graça. Se foi salvo, foi por causa da graça. E o que diremos de nós então? Se somos o que somos em Cristo Jesus, é por causa da graça. Se fomos salvos, foi por causa da graça. Se fazemos parte de uma igreja, é por causa da graça. Se somos piedosos, é por causa da graça. Nada somos se não fosse a graça de Deus em nossas vidas.
A Graça nos faz igual diante de Deus
A igreja perfeita era uma igreja que perseverava na graça. Eles eram unidos pela graça. E quando somos unidos pela graça de Deus, não existe nem maior nem menor. Não existe nem melhor nem pior. Não existe o mais “espiritual” ou o menos “espiritual”. Mas existem aqueles que um dia foram alcançados pela Graça de Deus e que através dessa Graça estão sendo transformados a cada dia pelo poder de Deus a fim de que se tornem cada vez mais parecidos com Jesus.
Por causa da Graça, e através da Graça, nós:
  • ·Edificamos uns aos outros (1Ts 5.11; Rm 14.19).
  • ·Levamos as cargas uns dos outros (Gl 6.2).
  • ·Oramos uns pelos outros (Tg 5.16).
  • ·Somos benevolentes uns para com os outros (Ef 4.32).
  • ·Somos hospitaleiros uns com os outros (1Pe 4.9).
  • ·Servimos uns aos outros (Gl 5.13; 1Pe 4.10).
  • ·Consolamos uns aos outros (1Ts 4.18; 5.11).
  • ·Corrigimos uns aos outros (Gl 6.1).
  • ·Perdoamos uns aos outros (2Co 2.7; Ef 4.32; Cl 3.13).
  • ·Admoestamos uns aos outros (Rm 15.14; Cl 3.16).
  • ·Instruímos uns aos outros (Cl 3.16).
  • · Exortamos em amor uns aos outros (Hb 3.13; 10.25).
  • ·Amamos uns aos outros (Rm 13.8; 1Ts 3.12; 4.9; 1Pe 1.22; 1Jo 3.11,23;4.7,11).

Mas além de nos aperfeiçoar dia após dia e nos unir como igreja perfeita, a Graça de Deus também faz algo maravilhoso com aqueles que ainda não creram: ela faz com que sejam atraídos para Deus. Sabe aquele seu familiar mais afastado de Deus e que você pensa que ele nunca vai se converter aos caminhos do Senhor? Pois é, a maravilhosa Graça de Deus, que nos une como igreja, também age para aproximar aqueles que estão afastados do Senhor a ponto de serem salvos. Foi essa graça maravilhosa que fez com que Jesus se sentasse em meio a pecadores e marginais e comesse e compartilhasse com esses do Reino de Deus e estes se convertessem dos seus pecados e vivessem para Deus. Foi essa graça maravilhosa que fez com que Jesus perdoasse a mulher adúltera enquanto todos a queriam apedrejar e esta se arrependesse do seu pecado. Foi a graça maravilhosa de Deus que fez com que Jesus chamasse a um certo Zaqueu, homem desprezível e corrupto, para entrar na sua casa e ceiar com ele, e a partir disso Zaqueu se transformasse em um homem que agora tinha relacionamento com Deus.

A igreja perfeita existe e ela é estampada em Atos 2.42 (perseverança no ensino da Palavra e na comunhão dos irmãos). E essa igreja perfeita não está no templo físico, mas é construída por cada irmão e irmã que busca viver uma vida sincera de relacionamento com Deus e com o seu próximo, perseverando no ensino e na prática da Palavra do Senhor e na comunhão com os irmãos através do auxílio material e espiritual em orações.

sábado, 8 de agosto de 2015

Matando a Picanha





Romanos 7.15-25

A maior guerra que o Cristão tem não é contra demônios, não é contra Deus, não é contra principados nem potestades, nem conta os ateus, mas contra nós mesmos. Quantas vezes nós falamos que “não queremos mais fazer isso, ou fazer aquilo porque agora eu sou de Deus” e sempre voltamos a fazer? Quantas vezes nós não ouvimos por aí “Ahhhh, mas a carne é fraca!” como desculpas para praticarmos aquelas velhas obras?

Somos seres espirituais que habitamos em um corpo

O homem é formado por corpo, alma e espírito, ou seja, somos seres tricotômicos. Costumo ensinar que somos seres espirituais, que temos uma alma (nossas emoções e sentimentos) e que habitamos em um corpo físico.
Quando nos convertemos, nós recebemos a natureza de Cristo. O texto de II Coríntios 5.17 declara: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Também recebemos o Espírito Santo em nós: “e Jesus assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (João 20.22). Entretanto a velha natureza permanece. Se não tomarmos bastante cuidado com os nossos desejos, a nossa carne pode se tornar uma picanha bem gorda. Picanha é tudo aquilo que nos afasta de Deus.

Identifique qual o nome da sua picanha e que açougue a fornece

Recentemente uma propaganda de carne bovina feita pelo ator Tony Ramos e pelo cantor Roberto Carlos tem feito muito sucesso. É um comercial de TV muito simples e que tem um objetivo muito simples também: deixar na mente das pessoas o nome da marca da carne bovina (até hoje eu sei o nome dessa marca, apesar de nunca ter comprado dela).

Em Tiago 1.14-15, temos: "Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte.". A palavra de Deus em Tiago no diz que somos tentados naquilo que mais queremos ou desejamos. O texto diz também que ninguém é tentado por Deus e que o pecado, quando consumado, gera a morte. Isso quer dizer que nós temos que identificar exatamente aquilo que nos atrai e que pode nos levar ao pecado e consequentemente ao afastamento de Deus. Algumas coisas que podem estar sendo a nossa picanha suculenta de hoje: Trabalho, escola, faculdade, namorado(a), esposo(a), internet, celular, computador, Facebook, Twitter, Instagram, Baladas, etc.

Temos que perceber quando nossa picanha está assando

Quando fazemos um churrasco, a picanha não assa de uma vez. Você tem que comprar o carvão, preparar a churrasqueira, acender o fogo, esperar as chamas subirem, cortar a picanha, colocar na grelha e depois na churrasqueira. E estamos atentos a tudo isso para que a nossa picanha não asse demais ou então o churrasco se tornará em uma farofa com vinagrete e algumas bistecas (tem que goste de bisteca!).

Na nossa vida espiritual não é diferente. Temos que sempre estar atento à altura das chamas, à aparência da carne, de que tal forma que ela não passe do ponto. Se descuidarmos nossa picanha assa!

Veja o caso de Davi! Ele esta no palácio observando Bate-Seba não sabendo ele que a sua picanha já estava assando (II Samuel 11.1-3). Veja os três erros no churrasco de Davi:
Deixou a sua responsabilidade como rei. Enquanto Davi deveria estar realizando suas responsabilidades reais, ele estava descansando. A nossa picanha começa a assar quando deixamos de atentar para as nossas responsabilidades mais básicas de cristão, tais como orar, ler a Bíblia, jejuar, se congregar, ter comunhão com os irmãos. E todas tem que ser praticadas, não apenas uma ou outra.
Davi não estava mais no centro da vontade de Deus. A vontade de Deus era que Davi estivesse na guerra juntamente com os seus exércitos, guerreando como um grande guerreiro que ele sempre fora. Entretanto, Davi preferiu ficar no seu palácio. Quando não estamos no centro da vontade de Deus, a nossa picanha começa a assar.
Davi ultrapassou o limite: Bate-Seba era casada, mas Davi não levou em consideração tal fato, talvez por se achar rei, infalível, acima de qualquer um, e desejou ter Bate-Seba. Uma das coisas que eu já aprendi nesses anos que o Senhor Deus me permitiu viver nesta terra é que: tudo nesta vida tem limite! E quando ultrapassamos os limites que a vida nos coloca, nós estamos totalmente suscetíveis de sofrer as consequências de ultrapassar esses limites. Com o pecado é a mesma coisa: o pecado não é algo que é consumado instantaneamente. Ele é algo que acontece de forma progressiva e sempre existe o momento de dizer não.

O cheiro da nossa picanha tem que nos incomodar até o ponto de sabermos o momento certo de jogar água no churrasco. Só que estamos muito mais preocupados com o churrasco dos outros irmãos que esquecemos o nosso. E aí, quando percebemos, a nossa picanha já está pronta para ser comida, suculenta e saborosa!

Matar a nossa picanha comendo comidas espirituais

Mesmo depois de novas criaturas em Cristo Jesus, os nossos desejos carnais continuam com a nossa velha natureza e se não tomarmos cuidado, eles poderão tomar conta das nossas vidas novamente. O apóstolo Paulo nos ensina "Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer." (Gálatas 5.17) e nesse sentido não podemos baixar a guarda nunca.

Lembro-me do Monstro de Lixo do Spectreman. Ele crescia se alimentando de lixo. Quanto mais lixo ele comia, mais forte e alto ele ficava. Ao invés de ficarmos comendo muito lixo que encontramos por aí, temos que matar a nossa picanha comendo comidas espirituais que edificam.

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." Gl 2.22

"Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." Gl 6.14

"Portanto, fazei morrer a vossa natureza, isto é, a imoralidade sexual, a indecência, as paixões más, os maus desejos e a cobiça, a avareza que é idolatria. Antigamente a vida de vocês era dominada por esses desejos, e vocês viviam de acordo com eles. Mas agora livrem-se de tudo isto: da raiva, da paixão e dos sentimentos de ódio. E que não saia da boca de vocês nenhum insulto e nenhuma conversa indecente." Cl 3.5-8



“Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como noivo que se adorna com uma grinalda, e como noiva que se enfeita com as suas jóias.” Isaias 61.10

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Que tal sermos mais celestiais?



Colossenses 3.1,2
“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas.”

João 3,31
“Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos.”

Nestes dois textos que acabamos de ler, vemos primeiramente o apóstolo Paulo exortando aos Cristãos – aqueles que ressuscitaram com Cristo – a partir de agora a buscarem as coisas que dizem respeito a Deus, as coisas que vem do alto, as coisas espirituais, pois morremos com Cristo, mas também estamos vivos com Ele. Isso faz a diferença entre a pessoa que “acredita” em Deus para a pessoa que verdadeiramente confia em Deus. Quem acredita em Deus, sabe que Ele existe, acredita que Deus criou todas as coisas criáveis, mas não tem relacionamento com Deus. Pensa muito mais nas coisas terrenas do que nas coisas do alto. Já quem confia totalmente em Deus, tem certeza de que esta vida só faz sentido se Deus estiver no centro. Ela não consegue enxergar a vida sem ver Deus. Não consegue viver a vida sem viver a vida que Deus tem para ela. Não consegue entender o mundo se não for através de uma perspectiva divina.

Além do mais, Paulo lembra que aqueles que ressuscitaram com Cristo devem pensar nas coisas do alto, pois é lá que Cristo está hoje: assentado à direita de Deus. Foi assim que Estevão viu a Cristo após ter sido apedrejado e estar em próximo a sua morte: “Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.” (At.7.55,56)

Somos Embaixadores de Cristo

Já o apóstolo João declara em seu Evangelho que aquele que é da terra pertence a terra e fala das coisas da terra, logo aquele que é do céu pertence ao céu e fala das coisas do céu. Em II Coríntios 5.20 a Bíblia diz: “Portanto, somos embaixadores de Cristo”

O que é ser embaixador? Embaixador é aquele funcionário que está a disposição do seu país em uma terra estrangeira. Ele é uma parte do seu país naquele outro país. Ele não vive em função das leis da terra estrangeira, mas em função das leis do seu país, mesmo estando fisicamente fora dele. Ele detém plenos poderes para representar seu país. E foi assim que Deus quis fazer conosco.

Por causa de Cristo, hoje somos embaixadores celestiais nesta terra. Vivemos nesta terra, moramos nesta terra, crescemos nesta terra e até morremos nesta terra (se bem que alguns não morreram nesta terra...), mas nós não somos desta terra. Somos cidadãos do céu na terra. Nós vivemos as leis do céu nesta terra e temos plenos poderes para representar os céus.

Deus nos mandar subir para a presença dele

Apocalipse 4.1.2
“Depois dessas coisas olhei, e diante de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que eu tinha ouvido no princípio, falando comigo como trombeta, disse: ‘Suba para cá, e mostrarei a você o que deve acontecer depois dessas coisas’. Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém.”

“A voz que ouvi desde o principio”. Deus nos chama a estarmos em sua presença sempre. Desde o dia em que aceitamos a Cristo em nossas vidas, Deus nos chama para estarmos em sua presença. Nunca seremos tão espirituais a ponto de não precisarmos mais da presença do Senhor, ou nunca teremos feito o suficiente nesta terra, dentro do Reino de Deus, de forma que não precisamos mais “arregaçar as mangas e trabalhar”.

Deus abre uma porta no céu

Estamos buscando todos os dias abrir portas na terra enquanto Deus está nos dizendo “Eu abro uma porta no céu para você. Sobe pra cá!”.

Quando subimos à presença de Deus, nós temos acesso direto à sala do trono de Deus e então:
1. Deus vai te revelar coisas nunca vistas ou vividas antes. Mesmo que você já tenha feito ou vivido muito dentro do Reino de Deus nesta terra, sempre haverá algo novo para fazer. Talvez não tenha havido ninguém na face da terra que mais tenha feito pelo Reino de Deus do que o apóstolo João. Viveu 100 anos
2. O Espírito Santo vai “tomar a sua vida”.
3. Você começa a ver as coisas com outra ótica, não mais com a ótica da terra, mas agora você verá as coisas com a ótica dos céus.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Jesus é o Senhor de nossa vida



Mateus 6.24

Jesus estava ensinando um princípio importante dentro da vida cristã: não devemos ter as riquezas como aquilo fundamental para as nossas vidas sob pena de transformarmos as riquezas em um outro “deus” anulando assim a glória que deve ser dada unicamente ao Deus vivo. 

Do mesmo modo que Cristo tem que ser Salvador e Senhor de nossas vidas, Jesus tem que ter o controle de todas as áreas de nossas vidas. Não tem como Jesus ser apenas Salvador e não ser Senhor – não tem como dividir a Cristo. Não dá para entregar apenas a nossa vida espiritual a Jesus, mas não a material.

Então se Jesus é Senhor de nossa vida material, Ele é Senhor dos nossos bens, finanças, emprego, enfim de todas as coisas que possuímos. Tudo está sob o controle de Deus. Entretanto, muitos cristãos hoje em dia têm dificuldades de entender que Deus também quer ter controle de sua vida financeira. Eles deixam Deus entrar na sua casa, na sua sala, no seu quarto, mas não permitem que Deus “saiba o segredo do seu cofre”. Mas Deus também quer se fazer presente em nossas finanças como forma de mostrar a nossa total dependência dele e abençoar por completo a vida do crente. 

A Bíblia diz em Ageu 2.8 que dele é a prata e dele é o ouro. Deus, em si, não precisa e nem quer o nosso dinheiro. Mas Deus quer o nosso coração. E quando ofertamos e entregamos os nossos dízimos na casa do Senhor estamos dizendo que tudo que temos é do Senhor. Deus ama aqueles que ofertam com alegria (2 Co 9.7) e abençoa quem é fiel nos dízimos (Ml 3.10). 

Que as nossas ofertas e os nossos dízimos possam expressar o nosso amor a Deus e o total Senhorio de Cristo em nossas vidas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Jesus: o nosso Tanque de Betesda



João 5.1-9
O tanque de Betesda é um local referido na Bíblia, mencionado somente no Novo Testamento. Betesda significa “Casa de Misericórdia” e nos tempos bíblicos, este local havia sido transformado num grande centro de peregrinação para pessoas que pretendiam obter cura através dos alegados poderes curativos das suas águas.
Esse texto do evangelista João nos traz muitos ensinamentos espirituais e aplicações para a nossa vida cristã:
Templo ou tanque?
O tanque de Betesda ficava próximo ao Templo de Jerusalém, como se fosse um anexo ao Templo. Em virtude do sistema religioso na época, enfermos e deficientes de todas as categorias muitas vezes ficavam marginalizados, pois ele – ou algum antepassado – tinha pecado e era necessário que pagasse pelo pecado. Então uma família que possuía algum enfermo, quando subia ao Templo para louvar e adorar o Senhor, levava esse enfermo e deixava no tanque, para que este pudesse receber a cura. Isso noz faz refletir em uma condição de paralelismo entre quem está dentro do Templo (“os sãos”) e quem está no tanque de Betesda (“os doentes”). No texto de João, vemos que Jesus antes de ir ao Templo deu uma passadinha no tanque de Betesda. Isso porque como o próprio Jesus declara: “Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes” (Marcos 2.17). Muitas vezes nós estamos nessa condição: vivemos “sãos” dentro do Templo, e deixamos as nossas “doenças” no tanque de Betesda, quando não estamos dentro da igreja, vivendo a nossa vida cotidiana. Vivemos uma dualidade em nossas vidas: vida santa e vida pecadora.
Devemos sacrificar as nossas “doenças”
A cidade de Jerusalém era cercada de muros com doze portas: Porta das Ovelhas, Porta do Peixe, Porta do Vale, Porta do Monturo, Porta da Fonte, Porta de Eliazabe, Porta dos Cavalos, Porta da Guarda, Porta do Judiciário, Porta do Oriente, Porta de Efraim e Porta do Ângulo. O texto cita que o tanque de Betesda ficava próximo a Porta das Ovelhas. Esta porta tinha sido restaurada por Neemias e era por ali que eram introduzidas as ovelhas destinadas para o sacrifício do Templo. Jesus quando entrou em Jerusalém, entrou por aquela porta. Ele poderia ter entrado por qualquer uma das outras onze portas, mas ele decidiu entrar pela Porta do Sacrifício. Por quê? Porque Jesus sabia que ali ele acharia alguma coisa para ser sacrificada. Se quisermos realmente viver uma vida plena em Deus, e vê os seus milagres acontecendo em nossas vidas, na nossa família, na nossa casa, temos que deixar a nossa vida de pecados como sacrifício a Deus. Hebreus 12.4 declara: “Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue.”
Jesus curou aquele que dependia totalmente dele
Quando Jesus naquele dia entrou ali, foi exatamente esse homem que chamou sua atenção. A grande maioria das pessoas que ali estavam, ou ainda podiam mover-se para as águas purificadoras, ou tinham alguém por si, mas esse homem estava totalmente amarrado em sua enfermidade. Ele mesmo não podia movimentar-se facilmente e, além disso, não tinham ninguém por ele. Às vezes, colocamos as nossas expectativas em homens, como fazia aquele homem (versículo 7), mas só seremos realmente curados quando dependermos totalmente de Deus.
O tanque de Betesda é Jesus
João capítulo 5 nos mostra o que Jesus foi aquele que curou o paralítico a parte do tanque de Betesda. Todos esperavam que o tanque de Betesda curasse, mas Jesus veio e curou. Imagina como ficou o tanque de Betesda após a passagem de Jesus por aquele tanque? Vazio! Em João capítulo 9, temos Jesus saindo do Templo de Jerusalém e encontrado um cego de nascença. Por que este cego não estava no tanque de Betesda? Não era o lugar de curas e maravilhas doutrora existente? O que aconteceu que fez com este tanque não mais fosse frequentado pelos enfermos? Porque a Bíblia não menciona mais nada sobre o tanque de Betesda? Resposta: porque a partir de João cap. 5, Jesus passou a ser o nosso tanque de Betesda.
Entregue a sua vida hoje a Cristo e dependa totalmente dele. Ele curará as tuas feridas, cessará as tuas dores e restaurará toda a tua vida.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Da ovelha para o pastor


1.    A ovelha tem que ter cheiro de pastor

Em sua primeira missa como Papa, concelebrada por cardeais, bispos e cerca de 1.600 sacerdotes em Roma, Francisco exortou os religiosos a irem às periferias, onde há sofrimento e sangue, e a serem “pastores com cheiro de ovelha”. Muitas vezes escutamos a frase: “o pastor tem que ter cheiro de ovelha” em uma alusão de que o pastor deve buscar conhecer as suas ovelhas de tal forma que exale o cheiro de ovelhas. E é fato que um pastor só é pastor se tiver ovelhas. Isso é verdade. A marca de perfume que o pastor mais gosta de usar, não é Hugo Boss, Yves Saint Lauren, Chanel n.5, Alfazema, Leite de Rosas, mas o perfume da marca Ovelha, aquele que tem cheiro de ovelha. O pastor deve buscar ter relacionamento com suas ovelhas, conhecer as suas necessidades, suas dificuldades, quais as suas prioridades, orar por elas, interceder por elas, gastar tempo com suas ovelhas até ficar “com cheiro de ovelha”.

Muitas vezes esse cheiro de ovelha é pego de forma sobrenatural. O pastor ora tanto pelas ovelhas que o cheiro delas é passado de uma forma espiritual. Às vezes, o pastor não tem tempo de visitar as suas ovelhas, ficando muitas vezes, a cargo do líder ou diácono, mas isso não quer dizer que o pastor não esteja perto de suas ovelhas. Ele está! Através de suas orações e intercessões diárias pela igreja, o pastor recebe de forma sobrenatural o cheiro das suas ovelhas.

É certo afirmar que o verdadeiro pastor tem que ter cheiro de ovelha. Mas contrário também é verdadeiro: a ovelha tem que ter o cheiro do pastor. Mas muitas vezes, esse cheiro de pastor na ovelha não é percebido, por causa de dois aspectos principalmente: a ovelha se afasta do pastor ou a ovelha não se submete ao aconselhamento do pastor.

a.    A ovelha se afasta do pastor

O Salmista diz: “Andei vagando como ovelha perdida” (Salmos 119.176a).

Em Isaías 53.6, lemos: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho”.

I Reis 22.17: “Vi todo o Israel espalhado pelas colinas, como ovelhas sem pastor, e o Senhor a dizer: ‘Estes não têm dono’”.

Lemos também em Mateus 9.36: “Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor”.

Nesses textos vemos claramente que existem ovelhas que estão sem pastor. Ou por que nunca foram de um rebanho ou por que se afastaram do rebanho que faziam parte. Às vezes, nós ovelhas, por vontade própria, decidimos nos afastar do rebanho e por consequência do pastor. Quando fazemos isso ficamos numa posição perigosa, insegura, sem a proteção do pastor. Por isso, o Salmista clama ao Senhor, dizendo: “Vem em busca do teu servo” (Salmos 119.176b). Infelizmente, vemos pessoas que estão afastadas do seu rebanho e do pastor que o Senhor colocou para liderar o rebanho. O que às vezes não nos damos conta é que o risco de afastar-se do rebanho é muito maior do que se possa imaginar! Uma pessoa pode se tornar tão envolvida em tantas atividades, que ela fica sem tempo para Deus, Sua Palavra, oração e estar em comunhão na sua igreja com os pastores e irmãos. O resultado disso é o coração se tornar frio e insensível em relação a Deus, e a comunhão espiritual. Perdemos também a proteção espiritual do nosso pastor. Saímos debaixo da sua cobertura e nos tornamos alvos mais fáceis para o inimigo. Certa vez ouvi um pastor dizer: “Pastor foi feito para proteger ovelha”. Essa é uma das principais funções do pastor e quando nos afastamos do nosso pastor, nós perdemos o cheiro do nosso pastor e ficamos apenas com o cheiro de ovelha. Assim, fica fácil do lobo nos encontrar por causa do nosso cheiro de ovelha.

b.    A ovelha não se submete ao aconselhamento do pastor

Hebreus 13.17: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês.”

Uma das coisas que tenho aprendido nessa caminhada com Cristo é que devemos ser submissos às autoridades. Em Romanos 13.1,2, temos:

“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.”

Jesus quando perguntado sobre se era justo pagar tributos a César, Ele respondeu “daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, nos mostrando que mesmo que a autoridade seja ímpia e injusta, temos que nos submeter a ela. Obviamente que nesse caso, por trás dessa submissão, tem oração para que Deus mude essa situação de injustiça.

Quando não seguimos os conselhos do pastor, podemos trazer grandes problemas para as nossas vidas.

I Reis 12.6-8, temos: “O rei Roboão foi falar com os homens mais velhos, que haviam sido os conselheiros do seu pai, e perguntou: — Que resposta vocês me aconselham a dar a este povo. Eles disseram: — Se o senhor quiser servir bem a este povo, dê uma resposta favorável ao pedido deles, que eles serão seus servidores para sempre. Mas Roboão não seguiu o conselho dos homens mais velhos e foi falar com os jovens que haviam crescido junto com ele e que agora eram os seus conselheiros”.

O rei Roboão era filho e sucessor de Salomão. Ele desprezou os bons conselhos dos sábios – uma junta de homens levantados pelo Rei Salomão para que servissem de conselheiros ao rei e ajudá-lo nas decisões que ele devia tomar acerca do reino – e tomou conselho com os jovens que havia crescido junto com ele. Com esta atitude Roboão não seguiu o conselho da junta de anciãos nem tampouco o conselho do seu pai de sempre seguir os conselhos dos sábios e causou a grande divisão da nação de Israel.

Qual é a sua atitude mediante a uma decisão e a uma circunstância? Aonde você procura se aconselhar? A palavra de Deus nos aponta no Salmo 1:

“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”. (Salmo 1.1-3)

O verdadeiro pastor também é um profeta de Deus, e como profeta, fala das coisas de Deus e aconselha as ovelhas de acordo com a Palavra de Deus. A felicidade está vinculada ao prazer do homem em buscar os conselhos vindos do Senhor. Conselhos sábios são sempre baseados na Palavra do Senhor.

Quando uma ovelha não se submete ao aconselhamento pastoral, esta fica sujeita a seguir conselhos de ímpios, não pautados na Palavra do Senhor, e que muitas vezes podem levar a ovelha a se desgarrar do rebanho, se revoltar contra seu pastor, ou até mesmo se afastar do Bom Pastor, que é Jesus.

2.    A ovelha conhece o coração do pastor

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem.Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que lhes deu para mim, é maior do que todos, ninguém pode arrebatá-las da mão de meu pai.” João 10.27-29

Que passagem maravilhosa e encorajante às ovelhas. O Senhor Jesus está dizendo que aqueles que são seus, são Dele por toda a eternidade. Ele está mantendo-os na Sua mão e está cuidando daqueles que o Pai  Lhe deu.

O Bom Pastor conhece as suas ovelhas e é importante que as ovelhas também conheçam o Bom Pastor. Da mesma forma, as ovelhas do rebanho do Reino de Deus também devem conhecer a seus pastores, da mesma forma como o pastor conhece as suas ovelhas.

a.    O pastor possui um coração segundo o coração de Deus

Pastorado não é profissão – é ministério! Quando Jesus designou o apóstolo Pedro para pastorear o rebanho, não perguntou das suas habilidades profissionais, mas sim “amas-me mais do que estes outros?” (João 21.15-17). Quem ama a Jesus, também amará aos que foram resgatados por Jesus e os tratará como Jesus os tratou. Desta forma, o coração do verdadeiro pastor é um coração segundo o coração de Deus.
Jeremias 3.15: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência”.

Um coração semelhante ao de Jesus. Coração amoroso, compassivo, perdoador, encorajador e íntegro. Jesus é o nosso modelo de pastor. O coração de pastor o inclina para buscar a ovelha perdida, fortalecer a fraca e corrigir a rebelde. O coração de pastor sabe conduzir a ovelha a águas tranquilas e repousar em verdes pastos. Veja, que ovelha é um animal que possui uma fome feroz. A todo momento ela está comendo, pois dificilmente fica saciável. Mas o coração do pastor sabe saciar a ovelha a tal ponto, que faz esta deitar sobre a grama verdinha pronta para comer.

b.    O pastor possui um coração paterno que se preocupa com suas ovelhas

No livro do Evangelho de Lucas, capítulo 15 – a seção de Achados e Perdidos da Bíblia – encontramos uma outra face do coração de Deus. Uma face que até então não tinha sido apresentada ao mundo da forma como foi apresentada, e por quem foi apresentada. Jesus, o filho do Pai, estava interessado em revelar o coração paterno de Deus. E uma das formas que ele usou para isso foi comparar um filho a uma ovelha.

Nos versos 4 e 8, Jesus diz que duas coisas muito valiosas foram perdidas: 1 de 100 ovelhas e 1 de 10 moedas. Aparentemente, perder 1 de 100 ovelhas pode não parecer algo grave. Afinal de contas, é uma perda de apenas 1%. Entretanto, para um pastor, era uma perda considerável. Um pastor conhecia cada uma de suas ovelhas pelo nome e, constantemente, contava o seu rebanho para ter certeza de que todas estavam ali. O bom pastor amava suas ovelhas e cuidava muito bem delas.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Uma oferta de amor


Em I Crônicas 29:1-9 nós vemos o rei Davi nos ensinando um aspecto importante que o cristão deve atentar quando for entregar as ofertas na casa de Deus: qual a motivação do nosso coração para ofertar a Deus. No versículo 3, Davi destaca o quê o leva a ofertar na casa do Senhor: “E ainda, porque amo a casa de meu Deus”. Interessante notar que nesse momento da história Davi já tinha tudo preparado para a construção do templo de Jerusalém, que seria feito no reinado do seu filho Salomão. Todo ouro, prata, bronze, madeira e etc. quer seriam necessários para a construção do templo já estavam em posse de Davi (v. 2), mas, por ter seu coração voltado para a obra de Deus, Davi foi além e também ofertou suas riquezas particulares, conforme mostrado no versículo 4. Davi entendia que aquilo não era obra para homens, mas sim para Deus (v. 1). O coração dele estava voltado para as coisas de Deus. Jesus nos ensina que “onde está o teu tesouro, ali estará o teu coração.”. Onde tem estado o nosso coração no que se refere a ofertar na casa de Deus? O nosso coração tem ardido de amor pelas coisas de Deus de tal forma que ofertamos em sacrifício aquilo que nos custa?
Deus já nos deu o maior e mais expressivo exemplo de que uma oferta é um ato de amor quando entregou seu filho Jesus para morrer por nossos pecados e nos ligar novamente com o Pai. O coração do cristão deve sempre estar voltado para ofertar na casa de Deus pelo simples fato de amar ao Senhor e tudo aquilo que diz respeito a Ele.